|
Post by cavalca on Jan 30, 2009 23:43:11 GMT -3
Vamos parar de falar na Winslet. O negócio é: quando o Fiennes vai ganhar um Oscar? Claro, ela tá foda e o escambau. Mas é um trabalho bem discreto, não é aquela típica atuação vencedora de Oscar, que chama a atenção para si mesma (como o caso de Foi Apenas um Sonho). Mas como a principal rival dela tá fazendo praticamente uma caricatura, acho que o carequinha dela tá garantido. Já o filme...é um drama, mas não é um melodramão, sabe? É seco, discreto (como a atitude da personagem da Winslet, discrição essa que é essencial pro desenrolar da história). Muito bom de acompanhar. Só o segredo da Hanna que dá pra matar na hora, mas nem é algo que incomode.
|
|
|
Post by cavalca on Jan 30, 2009 23:45:43 GMT -3
Eu deveria ficar meio incomodado de gostar tanto de um filme que (1) foi feito pra concorrer ao Oscar e (2) cuja vaga no top 5 foi quase que literalmente COMPRADA. Mas é bom mesmo, fazer o que.
E sério, deêm um Oscar pro Ralph Finnes de uma vez. E um pro Deakins, embora a fotografia desse aqui não seja exatamente brilhante (dos filmes dele de 2008, seu melhor trabalho ainda é Revolutionary Road).
|
|
|
Post by cavalca on Jan 30, 2009 23:49:06 GMT -3
"Well done Winslet. I told you, do a Holocaust movie and the awards come, didn't I?
|
|
guscruz
Cadete
Are u envious?
Posts: 1
|
Post by guscruz on Jan 31, 2009 0:58:33 GMT -3
Eu gosto do filme, mas nao acho que tenha valor artistico nenhum. Eh uma otima adaptacao, quinhentas vezes melhor que Revolutionary Road. Duas cenas que nao existem no livro, porem, me deixam com um pe atras. A primeira eh a cena da igreja. A cara da Winslet eh impagavel; o valor da cena que eh duvidoso, o "vamos humanizar a nazista." E tem a cena ao final, na prisao, em que ela diz que nao pensou sobre o passado. Aquilo nao tem no livro, e pra mim era quase inevitavel que uma coisa do tipo seria inventada. Por isso que o filme eh sobre holocausto sim. O livro eh uma reflexao geral, e a Part Three eh inteiramente metaforica. O filme tem o simbolo central, do analfabetismo da protagonista, e eu estava na ponta da poltrona para ouvir aquele "I don't think Jews have issues with illiteracy," porque sem aquilo o filme nao tem sentido. Pessoalmente, acho que eh assim: o filme centra a reflexao de culpa inteiramente na protagonista, enquanto que o livro a usa como ponte.
Kate Winslet ja mereceria o Oscar soh pela coragem nas cenas de sexo. Acho desnecessaria a cena em que Michael esta em cima de Hanna e pergunta, "Do you mean... like this?" (se nao me engano) fazendo voces-sabem-o-que (nao tem no livro, com razao). Mas a face dela no filme esta impressionante, cheia de nuances corretissimas. E o sotaque esta otimo tambem. David Kross as vezes arrasa na expressao facial, as vezes parece confuso - quando ele grita "We are trying to understand!" eu me envergonho. (Parece que o ingles dele eh fraco... Estava vendo uma entrevista com Daldry, Winsley, Hare e ele no Charlie Rose, e a Winslet viu que ele ficou calado e confuso depois de uma pergunta, e o questionou se ele tinha entendido, dizendo que era "uma questao de linguagem.") E o Ralph Fiennes com certeza merece Oscar, mas nao por papeis como nesse filme e Jardineiro Fiel, etc, mas sim quando ele esta excepcional de verdade, como em The Duchess.
|
|
clandestini
Major
Good, bad... I'm the guy with the gun!
Posts: 558
|
Post by clandestini on Feb 20, 2009 0:48:23 GMT -3
Eu gostei muito do filme, na verdade o meu preferido entre os indicados à melhor filme. Gostei das atuações, Kate está discreta mas muito bem. Expressão facial e coragem.
O segredo de Hanna é descoberto já no início da trama pelo espectador, no entanto isso não atrapalha o desenrolar da história. Quando O leitor se dá conta é impressionante.
Gostei do enfoque dado à participação de Hanna no exército nazista. Com a revelação de tal fato apenas depois de ter simpatizado com a personagem, tornado assim mais difícil emitir um julgamento de valor rápido em demasia a respeito de seus atos do passado.
|
|